Nova Revolução

sexta-feira, 8 de maio de 2020

MP-BA e MPF pedem que Banco do Brasil e BNB também paguem auxílio emergencial

MP-BA e MPF pedem que Banco do Brasil e BNB também paguem auxílio emergencial
O Ministério Público da Bahia (MP-BA) e o Ministério Público Federal (MPF) pediram que a União descentralize o pagamento do auxílio emergencial com a inclusão do Bando do Brasil e do Bando do Nordeste no rol de instituições aptas a realizarem o procedimento. O pedido foi feito através de um aditamento da ação civil pública ajuizada no último dia 2 de maio para organizar os pagamentos sem aglomeração de pessoas.  

Segundo o promotor de Justiça Fernando Lins e o procurador da República Leandro Bastos Nunes, “a manutenção da atual rede bancária é absolutamente incapaz de lidar com os volumes financeiros e o alcance populacional proposto pelo auxílio emergencial”. Eles complementaram que o aditamento da ação civil pública se deu em razão do aspecto emergencial relacionado às aglomerações nas filas da Caixa, aliado à deficiência na prestação do serviço digital em prol da população apta a receber o benefício. 

No documento, eles requerem que a União seja obrigada, no prazo de 10 dias, a implementar solução técnica capaz de oportunizar o saque do auxílio emergencial, por intermédio também das redes disponibilizadas pelos Bancos do Brasil (BB) e Banco do Nordeste (BNB). Assim, haveria o compartilhamento e oferta de suas infraestruturas de rede, processamento de pagamentos e dados, incluindo os meios digitais (aplicativos e contas digitais, dentre outros), compensações bancárias ou qualquer outra solução técnica elegível pela equipe econômica do Ministério da Economia.  

De acordo com a petição, o custo do benefício emergencial foi avaliado pelo Governo Federal em R$ 51,64 bilhões, e até o final de abril, aproximadamente 50 milhões de brasileiros já haviam recebido o benefício num período de apenas 15 dias. “Além disso, foi noticiado que mais de 12 milhões de pessoas irão se recadastrar para receber o auxílio, o que aumentará ainda mais o número de pessoas a serem atendidas”, ressaltaram.  

Eles destacaram ainda que diversas instituições financeiras possuem larga capilaridade no país e dispõem de ampla estruturação física, equipamentos conectados em rede e de pessoal qualificado, de modo a poderem oferecer com mais racionalidade e conforto aos milhões de beneficiários do auxílio emergencial. Somente com o reforço das agências do Banco do Brasil, o número de agências bancárias à disposição dos brasileiros mais que dobraria e a inserção das demais instituições aumentaria em cinco vezes mais o número de agências no processo de pagamentos. 

Prefeitura dará máscaras, álcool em gel e cadeiras para população em filas da Caixa

Prefeitura dará máscaras, álcool em gel e cadeiras para população em filas da Caixa
O prefeito ACM Neto (DEM) anunciou nesta sexta-feira (08) que a partir da próxima semana a prefeitura acompanhará todas as filas formadas nas 46 agências da Caixa Econômica Federal em Salvador. A medida visa impedir que as grandes filas virem aglomerações e o coronavírus se espalhe mais facilmente pela cidade, como vem acontecendo nas últimas semanas.

A Caixa Econômica é por onde a população de todo o país pode sacar os benefícios federais para o coronavírus, como o chamado coronavoucher, um auxílio de R$ 600 por mês para autônomos.

De acordo com o prefeito, a ação contará com 160 guardas municipais. A gestão municipal distribuirá máscaras para todos que estiverem na fila e higienizará a mão dos clientes do banco com álcool em gel.

Além disso, a temperatura de todos os presentes será medida pelos guardas de modo a identificar possíveis contaminados com a Covid-19. Pessoas do grupo de prioridade ainda terão cadeiras disponibilizadas pela prefeitura para não precisarem ficar em pé, segundo Neto.

“Essa ação não é apenas uma ação de levar a Guarda para fisicamente ordenar a fila, é uma ação que vai além, uma ação de apoio, suporte, orientação, educação e conscientização desse numero enorme de pessoas que diariamente precisam ir à Caixa ou para receber o benefício de apoio do programa federal ou o Salvador por Todos, que é o benefício da prefeitura, ou o Bolsa Família, ou o seguro-desemprego, ou até o salário. A nossa ideia é que todos esse fluxo aconteça de maneira ordenada”, falou ACM Neto.

O prefeito também criticou a gestão diretora da Caixa por não pensar em soluções para a formação de grandes filas nas agências de todo o país. Segundo Neto, a Caixa “apostou em ferramentas como aplicativos”, enquanto “boa parte dos beneficiários são pessoas muito pobres, que não tem celular, as vezes, e se tem celular não tem internet”.

Região Metropolitana de Salvador teve deflação de 0,16 em abril

Região Metropolitana de Salvador teve deflação de 0,16 em abril
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgado nesta sexta-feira (8) aponta que a Região Metropolitana de Salvador teve uma deflação de 0,16 em abril. O número representa uma desaceleração em relação ao mês de março  março (0,17%) e ficou bem abaixo da inflação de abril de 2019 (0,83%).

Essa foi a primeira deflação de 2020 em Salvador e o número representa o menor para um mês de abril desde 2017, quando o índice havia ficado em -0,22%.

No mês de abril, só os preços de alimentação (+2,34%) e habitação (+0,35%) aumentaram. Por outro lado, gasolina(-8,61%), vestuário (-2,28%), artigos de residência (-2,81%) e grupo de transporte (-2,14%) puxam a deflação.

O Brasil registrou deflação de 0,31%, menor número desde o ano de 1998, quando havia ficado em -0,51%.

Servidor exonerado por Nelson Teich diz que há 'intervenção fardada' na Saúde

Servidor exonerado por Nelson Teich diz que há 'intervenção fardada' na Saúde
A mudança de funcionários no Ministério da Saúde após a chegada de Nelson Teich foi criticada por um dos exonerados. Francisco Bernd, funcionário do ministério desde 1985, afirmou à Coluna Painel, da Folha de S. Paulo, nunca ter testemunhado "uma mudança tão drástica, com a chegada de pessoas tão estranhas à Saúde" e afirmou que existe uma "intervenção fardada".

Segundo ele,  há diversos grupos técnicos na pasta que foram sendo criados em diferentes mandatos e incorporados pelos sucessores. 

"Os militares que chegam não têm absolutamente nenhuma experiência histórica na Saúde. O próprio Teich não tem experiência em gestão pública", disse. 

Bernd afirmou que torce pelo sucesso de quem permaneceu, mas prevê dificuldades. "Como vão administrar a engrenagem dos repasses para estados e municípios? Como vão lidar com o planejamento do orçamento e com as compras chegando agora?", indicou.

O Brasil tem mais de 156 mil casos do novo coronavírus e 9.146 óbitos registrados.